Ontem, dia 30 de outubro, no âmbito da disciplina de
Multiculturalidade da História de uma Região no País, ocorreu uma vi
sita de Estudo a Conimbriga à
cidade romana de Conimbriga e ao
Convento de Santa-Clara -a- Nova.
Começámos por
Conímbriga, acompanhados por 2 guias, os participantes visitaram o
Museu Monográfico de Conimbriga, bem como as respetivas
ruínas, num percurso vivo, interessante, com visita aos espaços físicos , relativos à
vida quotidiana dos romanos (últimos séculos a.C e primeiros séculos d.C.): as muralhas, as vias, as casas e sua estrutura de acordo com o poder social e económico , os banhos, as canalizações quer de esgotos, quer condutas de água, o
fórum (o local nevrálgico da cidade), o
anfiteatro e demais estruturas que os romanos construíam em prol da comodidade e funcionalidade das mesmas .
O Museu constitui um complemento da visita, pois permite-nos apreciar os achados feitos nas escavações, bem como compreender o fenómeno urbano e suas estruturas e respetivas vivências. Nas quatro salas que o compõem , uma é dedicada à vida quotidiana e as restantes três dedicadas à
arquitetura pública, à doméstica e às
religiões que aqui se praticaram.
Resta acrescentar que apenas 17% da totalidade da extensão da cidade se encontra escavada,
prosseguindo as escavações nos locais possíveis, pois grande parte da cidade se encontra em terrenos particulares já com habilitações construídas por cima.
Algumas fotos que poderão mostrar algo do que ficou dito, bem como motivar as pessoas a uma visita a um espaço que tanto nos ensina sobre a nossa História!
Após o almoço visitámos o
Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova. Este Mosteiro foi mandado construir por
D. João IV, em 1640, no
Monte de Nossa Senhora da Esperança, para acolher as
religiosas Clarissas, fiéis depositárias das relíquias da
Rainha Santa Isabel. Dado que o antigo Convento, sito na zona baixa e constantemente inundado pelas águas do
Mondego, faz com que as religiosas sejam transferidas para este novo Mosteiro ainda inacabado, em 1696, data em que se procedeu também a trasladação do
corpo incorrupto da Rainha Santa, para a tribuna do altar-mor.
No entanto, no século XIX , com a
extinção das Ordens Religiosas, em 1834, e com a morte da última clarissa, em 1886, a
Confraria da Rainha Santa , a partir de 1897, fica responsável pela manutenção dos espaços e serviços religiosos.
Quanto à Arte, há a destacar o vasto e rico espólio artístico que testemunha a profunda devoção de pobres e ricos nobres à Santa. Há um grande contraste entre a arquitetura sóbria do exterior e a decoração interior , num profuso
estilo barroco, composto por 14 retábulos de talha dourada dos finais do século XVII, esboçados por
Mateus do Couto. O restante espólio, de diversos épocas e estilos, foi levado pelas monjas, após a sua mudança para o novo Mosteiro.
As peças de maior valor artístico são os dois túmulos, um do século XIV em pedra de ançã e outro do século XVII em prata e cristal, contendo, este último, o corpo incorrupto da Rainha Santa.
Só em 1625, o rei
FILIPE IV promoveu a canonização da Rainha Santa, confirmada pelo
Papa Urbano VIII. A partir desta data, o
culto à Rainha Santa Isabel é estendido a todos os reinos.