segunda-feira, 27 de maio de 2013

História das Religiões.

 

CONHECER PARA COMPREENDER

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No âmbito da disciplina de História das Religiões a nossa UST organizou uma visita de estudo destinada a ampliar os conhecimentos adquiridos durante o ano lectivo, promovendo o contacto com três realidades religiosas diferentes do Cristianismo: Hinduísmo, Islamismo e Judaísmo. Iniciámos a visita pelo Templo Hinduísta onde, muito simpaticamente, nos foi dada uma detalhada explicação da História desta religião, a mais antiga do mundo, e dos princípios que a norteiam. Entre muitas outras coisas ficámos a saber que têm as suas origens na Natureza, cultuam numerosos deuses e acreditam na reincarnação como processo de purificação até atingir o Nirvana. Os seus livros sagrados chamam-se Vedas. O espaço de culto está decorado com várias imagens alegres e coloridas que todos os dias são lavadas e vestidas.

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Esta comunidade encontra-se bem integrada no nosso país e na nossa cultura, que lhes dá liberdade para viverem a sua fé incluindo a prática de rituais para com os mortos.

Na Mesquita fomos recebidos pelo Sheik David Munir que, de uma forma muito agradável e cheia de humor, nos brindou com uma explicação detalhada do que é Islão (palavra que significa Paz) na sua verdadeira essência. É uma religião monoteísta, de origem abraâmica, pela linha de Ismael, que acredita num Deus único. Falou-nos da preocupação do Islamismo para ser visto como realmente é: uma religião de paz, respeitadora da igualdade de géneros e de direitos, desfazendo assim uma visão distorcida que habitualmente nos chega e que leva a que sejam feitos julgamentos errados por desconhecimento da verdade. Esta encontra-se no seu livro sagrado, o Alcorão, ditado pelo próprio Deus ao Profeta Maomé. E, como a Mesquita dispõe de um refeitório, ali almoçámos saboreando uma refeição que nos trouxe também alguma novidade.

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À tarde, na Sinagoga, foi tempo de conhecer “os nossos irmãos mais velhos”, o seu difícil percurso de fé, as suas tradições e a sua História longa e sofrida, mais do que qualquer outra, porque vítimas de uma violência de que ainda hoje, esporadicamente, subsistem vestígios. São uma religião abraâmica, pela linha de Isac, crêem num Deus único e o seu culto consta da leitura dos seus livros sagrados, a Torá ou Pentateuco, e também de outras orações que lhes são próprias.

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No fim do dia fomos levados a concluir que encontramos em todas valores e crenças semelhantes àqueles que também os cristãos seguem. Afinal trilhamos caminhos diferentes, mas paralelos já que perseguimos o mesmo objectivo. Como nos dizia a jovem hinduísta que nos acolheu, ao despedir-se: “Temos muitos deuses, mas sabemos que há um só Deus; Aquele que tudo criou”.

É longo o caminho da tolerância. Custa ver no outro um igual que vive e crê de forma diferente, mas é urgente que esse caminho seja percorrido. Afinal a “Porta da Esperança”, (nome da sinagoga que visitámos) não se fechará enquanto a Fé habitar no coração do Homem.

Susete Ferreira

1 comentário:

Hercília disse...

Como sempre, Susete, descreveste na perfeição, a visita que fizemos, integrada no estudo das Religiões. Contudo,o sheik Munir não me convenceu, porque das palavras do Alcorão até à prática que diariamente observamos, no respeitante à igualdade de tratamento entre homem/mulher, vai um abismo enorme. E todos sabemos isso, basta ler e observar...

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