No dia 15 do corrente mês de Maio realizou-se uma palestra subordinada ao tema acima descrito, no âmbito do plano de atividades da US e dinamizada pela engenheira do ambiente, dra. Cátia Pouseiro, do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental- CMIA -, sito na Casa dos Cubos desta cidade. Este centro tem desenvolvido inúmeras ações relacionadas com as questões do ambiente, nomeadamente, na preservação da Mata dos 7 Montes, na floresta, na monitorização da qualidade da água, nas frequentes exposições temáticas e ateliers dinamizados para crianças sobre poluição, água, floresta e os incêndios, resíduos, etc.
Começou, então, por entregar recipientes para separação dos resíduos, para as salas de aulas da nossa escola. Entrando no assunto, explicou que o aumento dos resíduos tem como causas a explosão demográfica, a evolução industrial e tecnológica, o crescimento económico e consequente aumento do poder de compra das pessoas. É evidente que as consequências da sua produção têm sido desastrosas, nomeadamente, na redução dos recursos naturais, na contaminação do solo, água e ar, na criação de odores desagradáveis e na deterioração da paisagem, com graves problemas na saúde pública, sobretudo no aumento das alergias que afetam quase toda a população.
Claro que os resíduos não são só produzidos pela população, mas também pelas empresas, na extração de matérias primas, na manufatura dos produtos, no transporte, embalagem e distribuição dos mesmos. Contudo, o planeta Terra é finito, como bem disse a engenheira Cátia e, por conseguinte, tem que se dar solução a este problema, implementando a política dos 4 Rs: reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar, tendo a dinamizadora explicado cada uma destas fases. Nas nossas casas, devemos ter alguns cuidados na separação dos resíduos, retirando previamente as tampas, escorrendo o conteúdo das embalagens, espalmando-as e metendo-as no recipiente adequado, amarelo, azul ou verde, os medicamentos e embalagens vazias nas farmácias, as pilhas no pilhão, os restos de óleo numa vasilha de plástico no oleão e os restantes no recipiente indiferenciado. Há uma linha gratuita da Câmara Municipal para recolha de colchões, eletrodomésticos, móveis, etc, podendo também nós levá-los ao Ecocentro, na zona industrial
Foi uma palestra muito produtiva, em que se focaram, ainda, outros aspetos relacionados com os 29 sistemas de gestão de recolha de resíduos do nosso país. No concelho de Tomar, esta recolha é feita pela Resitejo, que associa 10 municípios.
Os participantes, embora em número reduzido, colocaram muitas questões que foram esclarecidas, traduzindo-se numa sessão muito participada.
A reciclagem começa nas nossas mãos, para garantir o futuro dos nossos filhos e do planeta em que vivemos.
M. Hercília Carvalho
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