No dia 13 deste mês de Junho, partimos bem cedo, para visitar os lugares acima citados.
Depois de atravessarmos a cidade de Reguengos de Monsaraz, parámos na mais antiga olaria da região, onde observámos as diversas fases do trabalho executado por oleiros.
Chegados a Monsaraz e orientados por uma técnica de turismo gentilmente cedida pela autarquia de Reguengos, percorremos a Vila, observando os pontos mais importantes, como seja, o Castelo e a Igreja Matriz.
O Castelo, de planta quadrangular, com muralhas em pedra de xisto, dada a sua posição estratégica, de onde se poderia avistar com facilidade o avanço dos inimigos, desempenhou durante uns séculos o papel de sentinela, vigiando a fronteira com Castela, que se consolidou no tempo de D. Dinis, pelo tratado de Alcanizes. É evidente que o rio Guadiana ajudou, também, nesse papel de defesa do território.

Nos arredores da Vila, encontram-se, aqui e além, alguns monumentos megalíticos, como sejam, antas, menires, isolados ou em grupo e cromeleques, que atestam a permanência de povoados pré-históricos naquela região.
Visitámos também a igreja matriz de Nossa Senhora da Lagoa, do século XVI e reconstruída sobre uma do século XIII. É uma igreja de fachada simples e sóbria, de planta quadrada, do tipo igreja-salão, e possui três naves sem transepto e com um interior esplendoroso, estilo renascença. O altar mor é profundo e de boa talha dourada.
Toda a pavimentação da vila é feita de blocos de xisto, colocados na vertical, para maior segurança, tendo os calceteiros da época ensinado a técnica em outros países.
Almoçámos na Amareleja, a terra mais quente do País, seguindo depois para a Adega da Granja e prosseguindo para a relocalizada Aldeia da Luz, que conserva os traços da povoação anterior. Aí, visitámos o museu local, fundado em 2003 e onde se preserva o património cultural e material das gentes da região, que vão desde objetos de natureza etnográfica até à arqueológica, apresentando também, filmes do antes e do depois da submersão pela barragem do Alqueva.
Terminámos a viagem com uma paragem na imponente barragem do Alqueva, com 83 Km de comprimento e que é o maior lago artificial da Comunidade Europeia.
E assim concluímos a visita a esta região, cansados mas felizes, porque a cultura não tem preço e na esperança de, no próximo ano, continuarmos à descoberta de Portugal e do nosso património.
Maria Hercília Carvalho