sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Visita de Estudo - Coimbra

Visita de estudo à Biblioteca Joanina e à Casa-Museu Miguel Torga, em Coimbra, no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa, lecionada pela professora Fernanda Mocho.
A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, que substituiu a antiga Casa da Livraria Universitária, deve o seu nome ao monarca que a mandou erigir em 1717. 
D. João V, o Magnânimo, ficou conhecido como o grande patrono da cultura, da ciência e das artes, e esta biblioteca é o testemunho notável da política cultural do rei. 
No pórtico do elegante edifício, com quatro colunas de estilo jónico, destaca-se o majestoso escudo real, barroco, traduzindo o espírito de magnificência característico do mais auspicioso reinado da história de Portugal.
Nesta Biblioteca descobrem-se mundos dentro de mundos; aqui, tudo é saber, e a arte convida à descoberta. Os milhares de obras que compõem a biblioteca repousam num espaço opulento de beleza e exotismo, onde a riqueza dos tetos pintados se harmoniza com as balaustradas e estantes fabricadas com folha de ouro e madeiras dos trópicos.

CURIOSIDADES SOBRE A BIBLIOTECA JOANINA
- À noite, após o fecho da biblioteca, uma colónia de morcegos contribui para a boa manutenção dos livros comendo os insetos. As mesas ficam tapadas com peles que as protegem dos dejetos dos animais.

- No cofre da Biblioteca encontram-se exemplares de extrema raridade, como uma primeira edição dos Lusíadas, uma Bíblia Hebraica, editada na segunda metade do século XV, de que apenas existem cerca de 20 exemplares em todo o mundo, ou ainda a Bíblia Latina das 48 Linhas - assim chamada por possuir, exatamente, 48 linhas por página - impressa em 1462 por dois sócios de Gutenberg, considerada a mais bela das primeiras quatro bíblias impressas.

- Construída sobre uma prisão medieval, que mais tarde foi prisão académica, a Biblioteca Joanina dá ainda hoje acesso aos subterrâneos, que podem também ser visitados.

CASA-MUSEU MIGUEL TORGA
Numa zona alta de Coimbra donde via a serra a lembrar as paisagens da aldeia natal, Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga de pseudónimo, construiu a sua casa. 
O escritório, a máquina de escrever, o divã "sarcófago": tudo permanece como no tempo em que lá viveu.
Esta casa é uma peça biográfica, “um retrato físico” do médico-escritor que nasceu em 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes, e viveu mais de 40 anos em Coimbra. 
Um lugar de intimidade e de escrita, construído à medida de Miguel Torga e da sua mulher, Andrée Cabrée Rocha. 
Logo à entrada somos recebidos pela urze bravia dos montes transmontanos, a torga, que adotou para pseudónimo e ali plantou, a marcar a sua segunda terra. 
O nome próprio que o autor de “Contos da Montanha” e “Bichos” escolheu para si, Miguel, é uma homenagem aos dois espanhóis que mais admirava: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno.
A visita foi realizada por duas vezes. No dia 1 e hoje, dia 9. 







                                                                                       





















































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