quarta-feira, 6 de junho de 2018

Viagem a Santiago de Compostela

Passeando pela cidade que foi o berço da nossa nacionalidade, pelas ruas que ainda guardam alguma traça medieval, visitando o Paço Ducal (mandado construir pelo 1º duque de Bragança, D. Afonso), construção fazendo lembrar os Palácios franceses do Vale do Loire, único na Península Ibérica.
Tem, como curiosidades, 39 chaminés, uma torre em cada canto da sua planta quadrangular de muros ameados, um claustro gótico, tendo sido aberto ao público em 1959, já transformado em Museu.
Nele pudemos admirar boas tapeçarias de Pastrana, do século XV e, entre outros elementos decorativos, porcelanas da Companhia das Índias , da faiança portuguesa e mobiliário pós-descobertas (sobretudo contadores).
Os tetos fascinaram-nos sobretudo os que representam a estrutura das caravelas. Continuando a passeata, parámos em praças emblemáticas, a destacar a praça de Santiago, com as suas típicas casas, o Largo da Oliveira, com a sua Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (mandada construir por D. João I pela vitória na Batalha de Aljubarrota) e o Padrão do Salado que, como o topónimo indica, mandada construir por D. Afonso IV, pela vitória na Batalha do Salado, em 1340. Terminámos a visita à bela cidade de Guimarães, Património da Humanidade, com um almoço no Restaurante do Hotel com o mesmo nome!
Descobrimos a existência de um arbusto conhecido por "ONTEM, HOJE E AMANHÃ" devido à variação da cor das folhas com o tempo, pertence à família Solanaceae. É de folha perene, textura lenhosa e muito ramificado, com folhas lisas e ovaladas. As flores, com formato de salva e perfume almiscarado intenso nascem nas extremidades dos ramos. São de cor azul-violeta ao abrir, passando lentamente a brancas com a idade: esta mudança de cor caracteriza o género Brunfelsia, cujo nome homenageia o botânico alemão, do século XVI, Otto Brunfels.
Antes de chegarmos a Santiago passamos pelas Rias Baixas para darmos um passeio no El Barco de Pepiño onde nos presentearam com um excelente prato de frutos do mar e bebidas, ah e um bailarico com música portuguesa não esquecendo o momento alto, quando cantaram para nós, o nosso Hino Nacional.
Ainda em terras de nostres hermanos parámos no Monte do Gozo, próximo da cidade de Santiago de Compostela, é chamado assim pelo sentimento de alegria que desperta nos peregrinos, já que este monte é o primeiro ponto no qual as pessoas que fazem o Caminhos de Santiago veem as torres da Catedral. As esculturas do topo, a mais dominante foi colocada para celebrar a visita do Papa João Paulo II quando liderou a missa final em agosto de 1989 do Dia Mundial da Juventude daquele ano, e retrata em sua base essa visita e uma peregrinação de São Francisco de Assis no início do século XIII. Pernoitamos no hotel Eurostars San Lázaro a 2,6 km do centro da cidade de Santiago.
Entretanto em Santiago, permanecia outro excelente guia à nossa espera que nos brindou com os seus oportunos conhecimentos.
Foram dias muito espirituais…desde o abraço ao Santo até ao famoso Botafumeiro!
Para além do alimento ao espírito, também houve terapia do riso…
Tivemos ao nosso dispor, desde o inicio da viagem até ao final, um excelente guia turístico. A Patrícia! A viagem aconteceu no dia 30 e 31 de Maio.
A nossa motorista, a senhora Rosa, também mostrou ser uma profissional de excelência! Adoramos!
Quando tudo corre bem, podemos dormir descansados.
Bem hajam!



Castelo de Guimarães ostentando a antiga Bandeira de Portugal...

D. Afonso Henriques

Aqui nasceu Portugal...







O Paço dos Duques de Bragança foi mandado construir por D. Afonso, 1º Duque de Bragança, num estilo borgonhês, que reflete os seus gostos arquitetónicos adquiridos nas várias viagens que realizou pela Europa.
No entanto, o seu aspeto atual já está bem distante do aspeto original, devido às obras realizadas na primeira metade do século XX, quando António de Oliveira Salazar ordenou que este palácio fosse recriado, sofrendo assim grandes alterações.

A estrutura do edifício não é semelhante à das construções portuguesas dessa época e visto que quem encomendou a sua construção foi D. Afonso, o filho ilegítimo do rei D. João I de Portugal, e um dos portugueses mais ricos, cultos e viajados dessa época, é quase certo que o projeto tenha ficado a cargo de um autor estrangeiro, provavelmente francês, já que é em França que podemos encontrar os edifícios mais parecidos com este.


Paço dos Duques de Bragança foi a moradia inicial, após o casamento de D. Afonso com D. Constança de Noronha, sua segunda esposa. O Paço continuou a ser habitado pelos seus descendentes até que, em 1576, morre D. Duarte, 5º Duque de Guimarães e neto do rei D. Manuel I.
Assim, é a partir de finais do século XVI que o Paço acaba por ficar ao abandono e começa a degradar-se. Ainda assim, serviu como quartel militar durante o século XIX, sendo que apenas no século XX passou a sofrer obras de restauro e de recriação, passando a ganhar força como Residência Oficial da Presidência da República no norte do país.






Tem, como curiosidades, 39 chaminés, uma torre em cada canto da sua planta quadrangular de muros ameados, um claustro gótico, assim como 39 lareiras ,tendo sido aberto ao público em 1959, já transformado em Museu.

Atualmente, o Paço dos Duques de Bragança serve como Museu



 Neste museu existe um conjunto notável de quatro tapeçarias de enormes dimensões que descrevem com muito pormenor cenas da chegada dos portugueses a Arzila, do cerco a esta cidade no norte de África e da tomada de Tânger. Os originais foram encontrados em Pastrana, próximo de Madrid e posteriormente transferidos para o palácio El Escorial. O Governo espanhol nunca autorizou a devolução das peças originais, tendo apenas dado permissão para executar as reproduções que se podem admirar no Palácio Ducal.

No museu encontramos objetos de variados séculos, prioritariamente XVII e XVIII, mas também do fim do período medieval


O Salão dos Passos Perdidos, era onde as pessoas que queriam ter uma audiência com os duques aguardavam.
O interessante nome deve-se à longa espera nesta ampla sala. A decoração data dos séculos XVII e XVIII.
Capela do Paço







Distribuídas em 13 salas encontramos obras de arte, ou réplicas, incluindo tapeçaria, mobiliário e pinturas, além de objetos decorativos, que são relíquias e jóias que contam a história do modo de vida naquela época nos levando por anos e anos dentro do tempo.

Um dos quartos

Salão do Banquete
O teto em formato do casco invertido de uma caravela, em alusão às notáveis conquistas marítimas de Portugal


Arbusto conhecido por "ONTEM, HOJE E AMANHÃ" devido à variação da cor das folhas com o tempo. Chama-se Brunfelsia L. e é pertencente à família Solanaceae.
O nome homenageia o botânico alemão, do século XVI, Otto Brunfels.
Concha "Vieira", constitui por excelência um dos símbolos do Caminho de Santiago.

Rota pela Ria de Arousa onde pudemos observar como se processa a criação de Mexilhão, Ostras e Vieiras no barcco de El Pepiño não faltando agradáveis surpresas.






Passeio neste belo estuário, o mais extenso e rico em paisagens. A travessia ocorre na área entre O Grove, A Toxa, Cambados, Vilanova e Illa de Arousa, com explicações do guia (Pepiño) sobre as peculiaridades da Ria e especialmente sobre o cultivo de mexilhões, ostras e vieiras realizados em plataformas flutuantes (jangadas) em que é feita parada para observar de perto os cabos de cultivo e a possibilidade de observar o fundo do mar (duração 1H)
Tudo isso com o estilo único de Pepiño que nos proporcionou uma experiência alegre e divertida.

Onde se cria o Mexilhão, Ostras, Vieira entre outros


El Barco de Pepiño nas Rias Baixas


O Monte do Gozo é uma elevação do terreno, situado em San Marcos, Bando, próximo da cidade de Santiago de Compostela, é chamado assim pelo sentimento de alegria que desperta nos peregrinos, já que este monte é o primeiro ponto no qual as pessoas que fazem o Caminhos de Santiago veem as torres da Catedral

O Papa João Paulo II visitou o Monte para liderar a missa final em agosto de 1989 do Dia Mundial da Juventude daquele ano. As esculturas do topo, a mais dominante foi colocada para celebrar esse evento e retrata em sua base a visita de João Paulo e uma peregrinação de São Francisco de Assis no início do século XIII.
Na área atualmente ocupada pela catedral existiu um povoado romano que geralmente se identifica com a chamada mansão de Asseconia, situada à beira da estrada romana identificada como Via XIX  no Itinerário de Antonino, que ia de Bracara Augusta (atual Braga) até Astúrica Augusta (atual Astorga). Este povoado existiu entre o século I d.C. e o século V, mas ali permaneceu uma necrópole que possivelmente foi usada durante Reino Suevo e até ao século VII.
A fundação da cidade está ligada à alegada descoberta dos restos mortais do apóstolo Santiago Zebedeu, ocorrida em 812 ou 813 ou ainda, segundo outras versões, entre 820 e 835 ou entre 818 e 842, que deu uma importância religiosa crescente ao local. A cidade desenvolveu-se graças à popularidade crescente como destino de peregrinação e, a partir do século XVI, também à criação da universidade.



Botafumeiro








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